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CONSULTAS

CONSULTAS presenciais em Águas de São Pedro e região, ou via Skype/Messenger/Whatsapp: eueotaro@gmail.com, ou ligue (11) 99375-6497.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2014 VEM AÍ!

Tarot de Camoin-Jodorowsky

2014 = 2+0+1+4 = 7 = O Carro

Ano para trabalhar a motivação. Cultivar as paixões, reunindo os opostos produzindo a energia que tudo move. Confiar no impulso pessoal e seguir, rápido e seguro.

Ano de avançar sob a proteção celeste, mantendo a prudência e a atenção.

Aqui tudo é rápido, alta energia cinética. A velocidade excessiva pode ser auto-destrutiva, levando à catástrofe. Havendo guerra, ou se o capitalismo global der com a cara na parede e se arrebentar, saber seguir firme no próprio caminho e avançar a bom porto.

Desfrutar do benefício de Júpiter, que chega em março e que nos beneficia na jornada.


FELIZ 2014 A TODOS!!!!













sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CLARAS COMBINAÇÕES II - SAÚDE

Em post anterior (http://eueotaro.blogspot.com.br/2013/10/claras-combinacoes.html) listei algumas claras combinações de cartas.

A primeira delas combina o Diabo com a rainha de Copas como um sinal claro de traição no campo amoroso. Em um tiragem recente, as mesmas duas cartas, juntas em uma tiragem relativa à saúde indicou outra coisa, um problema que merecia atenção médica; no caso, a doença correspondia também a uma decepção amorosa que foi sendo somatizada, o que  possui muita conexão com a famosa taça que a personagem da carta segura:




Ainda na mesma tiragem, que correspondia a uma grave enfermidade, o Arcano XIII em combinação com o 2 de Paus indicava claramente que a intervenção de um médico especialista era de suma importância para enfrentar o caso:



segunda-feira, 11 de novembro de 2013

OS ANIMAIS DO INCONSCIENTE

Tenho utilizado um método de Alejandro Jodorowski de modo frequente, vivendo momentos de grande intensidade junto a meus consulentes.
A técnica compreende a eleição de um animal para iniciar-se a consulta. Após evocar o animal o consulente participa da criação, junto com o tarólogo, do próprio esquema de lançamento, buscando figurar com as cartas a forma do animal. Esta forma de lançamento introduz um outro nível no jogo, que é a imagem do próprio animal evocado, e cujas qualidades devem ser consideradas na leitura, proporcionando um exercício criativo que confere outra dinâmica de relações. O mais interessante aqui é que cada animal passa a ser entendido também como símbolo, expressão da própria situação do consulente naquele momento, seja em relação a questões específicas ou a uma idéia de "situação geral".

A seguir descrevo dois destes lançamentos realizados, ambos originários do animal "cobra" porém muito diferentes entre si.

No primeiro caso foram utilizadas 7 cartas. A primeira correspondia à cabeça, ligada às questões mentais e intelectuais, e foi dedicada ao naipe de espadas; a segunda, logo em seguida e no local correspondente ao coração, às questões sentimentais e ao naipe de copas; a terceira casa, no estômago da cobra, foi dedicada ao naipe ouros e a questões financeiras e de saúde; a quarta, última antes da parte final da cauda, ligada ao naipe de paus e ao universo criativo e sexual. Como logo a seguir compreendemos que a cobra deveria ser venenosa, contemplando um princípio de dualidade. Sua cauda então afinaria repentinamente ao final do corpo, definindo a quinta casa que apontaria para aquilo que se deixa para trás, ou o passado recente. A sexta e a sétima carta foram dipostas à frente da carta da cabeça, representando as presas, e sendo o veneno tanto mortal quanto a fonte de seu próprio antídoto estabeleceu-se que elas representariam um aspecto negativo e outro positivo relativos ao futuro próximo, ou seja, um alerta para o bem e para o mal, circunstâncias vindouras boas e ruins, obstáculos e apontamentos favoráveis, etc. 

Definido o esquema passou-se a tiragem das cartas pelo consulente - a princípio apenas os arcanos maiores, dispostos nas mesa a partir da ordem preestabelecida:


De um modo muito resumido o jogo aqui revelou, com o Arcano X na casa 1, que o consulente passava por uma grande agitação mental, pois acabara de iniciar uma nova jornada (Arcano 0 na casa 5), deixando para trás uma vida profissional um pouco caótica (trabalhava como freelancer) para ingressar em um trabalho fixo, com boas perspectivas criativas e financeiras. 

A etapa seguinte compreendeu a escolha dos arcanos menores, buscando elucidar alguns pontos, e a seguinte composição foi formada:



O que chamou logo a atenção é que a figura indicava agora uma cobra mais gorda, pesada, como que em processo de digestão. Sua agitação mental estava relacionada a esta “digestão” de alguns impasses relacionados ao campo afetivo, sexual e financeiro. Ainda resumindo, os apontamentos futuros foram ficando claros: viver o novo quadro profissional - por mais que às vezes a adaptação ao novo modo de trabalho seja difícil e até sofrida - buscando concentrar-se e equilibrar-se e eliminando a agitação mental (Arcano XII na casa VI); por outro lado, evitar transformações muito repentinas e radicais, não é o momento – o período é de paciência e estabilidade, condições que garantem uma “digestão” mais bem sucedida das mudanças, sem precipitações e mal-estares.

O segundo lançamento feito a partir do animal “cobra” realizou-se de modo absolutamente diverso. A cobra no caso tinha cor – era negra – e habitava sonhos frequentes do consulente. Tendo origem onírica, possuía olhos amarelos e grandes presas, além de uma cruz gravada na testa, evocando assim uma imagem extramamente forte para o início do jogo. O corpo da serpente, no sonho, aparecia sempre armado em bote, e a cabeça inclinada para frente sugeria ao mesmo tempo força, reverência e humildade (nas palavras do consulente) – um verdadeiro animal de poder.

O mais difícil foi descobrir como representar os elementos distintivos desta cobra: para além do corpo arqueado, a cruz na fronte, os olhos amarelos e as enormes presas. A estrutura do animal compreendeu 5 cartas, com posições cujas funções foram definidas após resolvermos a representação da cruz na testa com duas cartas cruzadas logo acima da carta da cabeça e que nos revelariam a essência, ou os segredos desta cobra; depois, foram mais duas cartas cruzadas para os olhos, que por serem amarelos foram associados ao naipe de ouros, entendido aqui no sentido alquímico – espírito e matéria a um só tempo; por fim resolvemos as enormes presas com outras duas cartas cruzadas, figurando como na primeira cobra um apontamento positivo e outro negativo.

Vale sublinhar que este tipo de solução só é possível pelo entendimento básico de que estamos diante de um esquema, o que permite um bom nível de abstração na forma da representação dos diversos animais. Assim houve uma significativa variação em relação a cobra do jogo anterior: a carta relativa a cabeça, abaixo da “cruz na testa”, foi associada ao plano mental/naipe de espadas; a carta seguinte aos sentimentos/naipe de copas; a próxima às questões sexuais e criativas/paus; a penúltima ao passado e a derradeira entendemos como uma carta de alerta, contabilizando 11 cartas ao total, que escolhidas foram abertas de acordo com a seguinte disposição:


O diálogo estabelecido com o consulente a partir desta tiragem foi sem dúvida muito interessante. Os arcanos XVIII e XII na cruz da testa revelaram toda o potencial mágico, de transformação, deste animal onírico. Em sorteio adicional agregou-se ao jogo o Ás de Ouros como síntese desta cruz na testa, o que para nós confirmou a potencialidade alquímica desta força. Tirou-se também o Sete de Espadas na casa 7 (alerta) e o Oito de Copas na casa 11 (síntese da polaridade entre negativo e positivo), configurando assim a forma final do jogo:


Apenas para ilustrar, o consulente vivia uma espécie de obsessão com uma outra pessoa, uma relação que viria de outras encarnações, algo como um amor imemorial e espiritualmente interdito. Como busco conduzir o atendimento por uma perspectiva terapêutica e de autoconhecimento, encaminhei a leitura a partir do alerta da casa 7, com o Diabo e o Sete de Espadas indicando o perigo de deixar-se aterrar pelo lado negativo desta negra serpente: a narrativa reencarnacionista (real ou não, não sabemos, pois trata-se de um mistério) apresentava-se como fonte de enorme perturbação emocional (Papisa), da qual o consulente buscava se libertar racionalmente (daí a Estrela no plano mental). 

Dito isto, o foco do encaminhamento foi: viver o presente desta vida! Nada de colocar as perturbações na conta de “vidas passadas” . Resolver-se no aqui e no agora! A própria idéia de alquimia compreende uma transubstanciação que se faz pelo cruzamento entre espiritualidade e ciência, mistiscismo e razão, autoconhecimento e equilíbrio mental: é necessário afastar-se desta idéia de “amor imemorial” (8 de Copas), advindo de vertiginosas reencarnações sucessivas (A Roda Fortuna) e abandonar o obssessor a partir da própria força da magia (O Mago), entendida como potencialidade de transmutação existencial presente no próprio consulente.

Uma tiragem densa, meio louca, iluminada e sombreada pela força da imagem evocada, cobrindo o jogo de uma atmosfera mágica e proporcionando uma experiência intensa e intrigante. É certo que jamais teria chegado a estas formulações de leitura sem a disposição do consulente em revelar este segredo íntimo, associado à imagem da cobra negra. A técnica de Alejandro Jodorowsky estabelece um desafio colaborativo e propõe uma relação criativa durante o atendimento, não só na definição do jogo, mas no encontro de cada caminho de individuação.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O ZODÍACO E AS CARTAS DA CORTE

Há algumas aproximações existentes entre astrologia e tarô. Revisitando anotações encontrei uma delas, feitas por ocasião da apresentação feita por Paulo Vasc na 3 Confraria Brasileira de Tarot deste ano e que demonstrou algumas correspondências com as cartas da corte.

O zodíaco portanto divide-se em 3 grandes grupos: signos cardinais, fixos e mutáveis.

Os signos cardinais são guias (Capricórnio, Câncer, Libra e Áries ), e relacionando-os com as figuras da corte, teremos uma associação com os reis. Os reis são guias, portanto. Aqui o Rei de Espadas, relacionado ao ar, resume o caráter expansivo deste elemento.



Os signos fixos (Touro, Aquário, Escorpião, Leão) são relacionados às rainhas, figuras de preservação. As rainhas são guardiãs. A Rainha de Copas, ligada ao elemento água, é relacionada a Escorpião pelo seu caráter psíquico, intuitivo e, por outro lado, também infiel ou traiçoeiro.

 


 Por fim temos os signos mutáveis (Virgem, Gêmeos, Peixes e Sagitário), associados aos cavaleiros, que no tarô são figuras rápidas. Os cavaleiros são pura ação. O Cavaleiro de Ouros, no caso, associado à terra, é um altruísta atuante e um perfeccionista.




quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CLARAS COMBINAÇÕES

Dando sequência à publicação de 02/08 (http://eueotaro.blogspot.com.br/2013/08/o-esforco-criativo.html), prossigo com uma pequena relação de combinações recentes entre arcanos maiores e menores na mandala astrológica:


Arcano XV e Rainha de Copas: traição na certa! No centro da mandala, como raiz de todos problemas.




E ainda levando em conta configurações deste lançamento em que o Diabo e a Rainha de Copas figuraram no centro:

Arcano I com 2 de Copas: um novo amor, um novo encontro. Na casa 12, como uma sugestão para se buscar o amor e o encontro como fundamento para todas as coisas.



Arcano XIV com 2 de ouros na 10: longo período de instabilidade financeira ligada ao desenvolvimento de projetos pessoais.



Arcano XVI com 7 de Copas na casa 6: perda de emprego,  ou dificuldade em escolher por onde recomeçar.



Arcano II com 8 de Ouros na casa 4: conjuntura de recolhimento, estudo e aprendizado de algo novo.



Arcano XVI com 8 de ouros na casa 12: bote tudo abaixo, esqueça tudo o que aprendeu sobre si mesmo e dedique-se ao aprendizado de algo novo (como apontamento final a partir da combinação do Arcano XVII com 7 de Copas no centro da mandala, indicando falta de esperança e dificuldade em seguir o coração como raiz dos problemas).






sábado, 3 de agosto de 2013

O FUTURO DO TARÔ NO BRASIL

Penetrando aos poucos nos meios tarológicos, é notável a profusão de eventos, fóruns e conferências Brasil afora.

A tarologia brasileira passa por um momento bastante estimulante. Neste dia 10 começa o 3 Fórum Nacional de Tarô, em BH. Por ocasião do evento um artigo muito bom fora publicado na imprensa eletrônica mineira.

Aproveito para compartilhar com os leitores:

http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2013/08/02/noticia_saudeplena,144145/forum-de-taro-acontece-em-bh-e-vai-discutir-o-futuro-da-interpretacao.shtml


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O ESFORÇO CRIATIVO

Ultimamente tenho percebido com mais clareza algumas combinações entre os arcanos maiores e menores, sobretudo nos jogos realizados na disposição da mandala astrológica.

Eis um dos exemplos, que publicarei aqui em posts subsequentes:

Na combinação entre o Arcano XX e o 9 de Paus na posição 7 da mandala, relativa a como a parceira do consulente o via naquele momento, revela-se que esta acredita que o mesmo deve arcar com as responsabilidades que se lhe apresentam no momento, frutos do que ele mesmo plantou ao longo dos últimos anos. Ela espera que ele faça um esforço necessário, criativo e que passa também pelo campo da sexualidade, para que a relação renasça verdadeiramente e inicie um novo estágio. Todo o processo não tem sido fácil, ele já se esforçou deveras e está cansado, mas de fato ela espera este último fôlego.





quarta-feira, 31 de julho de 2013

DEVAGAR COM O ANDOR

Neste post descrevo resumidamente o diagnóstico e o conselho de uma consulta recém-realizada:

"Em relação aos negócios em vista, algo novo irá se apresentar. Cuidado para não dispender energia excessiva em uma única direção. Assim corre-se o risco de não enxergar todas oportunidades que possam aparecer.

Todavia, a que se apresenta agora pode ser de fato aquilo que tanto se espera. Diminua o ímpeto, porém sem deixar de prestar atenção à sua volta - príncipes encantados não existem, muito menos nos negócios, e é preciso saber lidar na medida exata com os problemas nas relações de trabalho -  preserve com parcimômia a oportunidade e tudo tende a dar certo, com garantias de plenitude e realização".
















quinta-feira, 18 de julho de 2013

DUAS DEDICATÓRIAS

Depois de mais de 2 meses sem postar no blogue, por conta das exigências da vida cotidiana e profissional, volto a publicar, marcando a ocasião com duas dedicatórias.

A primeira é para Leonardo Chioda, que tive o prazer de conhecer, embora muito rapidamente, no lançamento de seu livro de poesias "Tempestardes", na Casa das Rosas, em São Paulo. Além de esmerado escritor, que trabalha uma poesia de virtuose simbólica e visível rigor formal, Léo é também renomado tarólogo, e a despeito da brevidade do encontro, típico dos coquetéis e das sessões de autógrafos, demonstrou grande simpatia e receptividade, fazendo-me uma dedicatória  no mínimo intrigante:

"para o André, arcano que reencontro agora".

Ora, esta idéia de reencontro, diante de uma pessoa que se vê em tese pela primeira vez, deu-me um bocado o que pensar. Ela sugere um outro entendimento temporal, como se os eventos e encontros que experimentamos fossem simultaneamente espelho e reflexo de uma memória cosmológica e não-linear do tempo. Gosto de entender e tentar viver o tempo desta maneira, circular e espiralado, em dimensões que se entrelaçam de forma indefinida e misteriosa.

Como também pude perceber que o Léo é afeiçoado à literatura portuguesa, dedico-lhe em retribuição O Louco junto a uma concepção de Deus formulada pelo Pe. Antônio Vieira:

DEUS É UM CÍRCULO CUJO CENTRO ESTÁ EM TODA A PARTE
E A CIRCUNFERÊNCIA EM NENHUMA


A segunda dedicatória é para minha querida amiga Liana Cunha,  soteropolitana, taróloga e terapeuta holística profissional, com a qual já tive o prazer de trocar aulas de montagem cinematográfica por conhecimentos iniciais em rediestesia e radiônica (!). Agradeço o jogo de Tarô que fizemos juntos - uma honra para mim - em meio a uma festa de amigos na sua despedida de volta a Salvador da Bahia.

Tendo já mencioado o Pe. Antônio Vieira, e pensando em Salvador, é inevitável invocar um excerto de Gregório de Matos e dedicar à Liana o Arcano XV do baralho de Camoin e Jodorowsky, este último também cineasta e tarólogo (afinal, depois dos últimos protestos no país, também ficou provado que "gás de pimenta pra baiano é tempero", né não?):



Demônio:
Se não segues meus enganos,
e meus deleites não segues,
temo, que nunca sossegues
no florido dos teus anos:
vê, como vivem ufanos
os descuidados de si;
cantal, baila, folga e ri,
pois os que não se alegraram
dous infernos militaram
Banguê, que será de ti?


Felicidades nesta volta à tua cidade!

terça-feira, 30 de abril de 2013

CASTELOS E COLINAS

No tarô de Waite o Dois e o Três de Paus apresentam imagens com alguma semelhança e enormes diferenças.

Nestes 2 arcanos, vemos uma personagem que detém uma visão privilegiada a partir da posição em que se encontra.



No Dois de Paus a personagem detêm um símbolo de poder e conhecimento (o globo), vestindo um chapéu e uma capa que lhe dão ares de autoridade. Sua visão é privilegiada, a partir da aparente muralha de um castelo.

Assim mesmo, a personagem aparece "encastelada" em seus domínios, colocando-se vaidosamente (a julgar pelos paramentos) em um patamar acima do próprio mundo circundante e, em certo grau, apartado do restante da realidade. Corresponde então ao mundo das especulações teóricas e com pouca ação prática, próprio do professor, do técnico ou do político: não se posta nem de frente e nem de costas, mas de 3/4, sem assumir a dúvida enquanto estado potencialmente paralisante, demarcando assim uma calculada ambiguidade. Nada, na aparência, o atinge. A despeito da paisagem sensorial e verdejante à beira-mar, seu céu é cinza e sem cor, assim como é cinza e sem vida o chão de pedra sobre o qual pisa.




Já no Três de Paus a personagem está envolta por um amarelo cintilante, ou seja, está imbuída de espírito. O cimo de sua colina apresenta também uma visão privilegiada, porém sem qualquer construção que a separe do mundo, e para o qual olha diretamente. Se quisermos compartilhar de sua visão, basta subir o morro e postar-se ao seu lado: não há paramentos codificantes ou barreiras construídas ao redor. Não há ambiguidade, mas uma trindade que configura proteção e equilíbrio sem isolamento.

Pode ser associada a Moisés no Monte Sinai, vislumbrando a Terra Prometida: ao fundo vemos também um mar, agora amarelo, no qual podemos ver pequenas embarcações em movimento.

terça-feira, 23 de abril de 2013

A RIQUEZA DE SALOMÃO

A carta do dia é para se viver, e nada melhor que tirar o Dez de Ouros no dia de seu próprio aniversário.


Esta carta indica um período de plenitude material e espiritual, segurança, estabilidade e despreocupação. A imagem indica um ambiente protegido, rico e próspero, com personagens de todas as idades, indicando uma relativização temporal. Uma criança brinca com um dos cães brancos, símbolos de fidelidade. Há panos coloridos e de aparência exuberante e confortável. Uma arcada aberta indica que o espaço confunde-se entre o público e o privado, havendo ao mesmo tempo livre-circulação e alguma privacidade. Tudo indica bem-estar, equilíbrio e prosperidade.

Com o Dez de Ouros devemos aproveitar o tempo ocioso, usufruindo da nossa própria riqueza interior. A propósito, nossa riqueza interior é composta também pelas pessoas queridas e amadas que estão à nossa volta, que nos circundam e fazem parte de nossa vida.

O alemão Hajo Banzhaf, em seu livro Guia Completo do Tarô, faz associações entre as 78 lâminas e personagens e narrativas mitológicas, o que contribui bastante para uma compreensão extendida dos arcanos menores. No caso, a associação que se faz é com a fabulosa riqueza de Salomão -  "as  possibilidades são subitamente reconhecidas como partes interligadas que se unem numa grande moldura,  um desígnio possível. Conscientizamo-nos, assim, de nossa riqueza".

 Feliz por completar 40 anos e poder aproveitar a data com a família no parque!

domingo, 31 de março de 2013

A PASSAGEM

Páscoa deriva do hebraico - Pesach - e significa passagem.

Nas últimas semanas tenho tirado regularmente o Arcano XX como carta do dia.



Tempos novos se anunciam. Após a Páscoa, tudo se abrirá em Abril. 

Será um período de  renovação, que venho buscando, e também mais responsabilidade.



quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O NÚMERO DA INICIAÇÃO

Seguindo com as anotações do livro Jung e o Tarô:

"O número 9 em algarismos arábicos é escrito como um círculo com um número 1 à guisa de cauda. Pressagia o número 10, em que a energia do círculo desce à Terra a fim de ficar ao lado do número 1, formando assim nova configuração, iniciando então um novo ciclo de dimensões dilatadas".

Uma representação desta elaboração simbólica e visual do 9, ligando o céu e a terra, encontra-se em uma escultura localizada no Jardim Botânico de São Paulo.


9 é o número de meses da gestação humana.

Matematicamente o nove tem propriedades interessantes, sempre voltando a si mesmo,  simbolizando a jornada iniciática rumo à autocompreensão:

1+2+3+4+5+6+7+8+9 = 45. Reduzindo, 4 +5 = 9

9 vezes cada número de 1 até 9 também produz um resultado que se reduz a 9 (como 9x7, que é igual a 63, que dá 6+3 = 9)