Vi um lugar que já conheci, casinhas em ruínas, automóveis e catedrais.
Não havia sol e o dia era de prata, como se a alvorada fosse um privilégio apenas monástico.
Neste lugar tinha mazagran gelado, um rio prateado e os homens que banharam meu ventre.
Chorava elétrica pois todos eles eram projeções de meu pai - um abusador.
Daí acordei sozinha, lavei-me no silêncio e rezei um Pai Nosso.
Tarot de Marselha (ed. Camoin-Jodorowsky) |
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