CARTA DO DlA: GASTE DlNHElRO

Se você está com a situação financeira estagnada, por escassez, paranóia ou excesso de zêlo, saiba que esta carta indica que há algo dentro dessa imobilidade que precisa morrer.

Tá sem dinheiro? Tá com medo de ficar sem no futuro? Leve seu amor para sair ou jantar, compre algo que goste, invista naquilo que deseja há tempos.

A fênix aqui se sacrifica como combustivel no interior da matéria para que o ciclo avance, abrindo os horizontes.

O CAMINHO DO TAROT, DE JODOROWSKY E COSTA

Finalmente será lançado no Brasil uma tradução para o português do livro "La Vía del Tarot", de Alejandro Jodorowsky e Marianne Costa!

Além do próprio lançamento de "O Caminho do Tarot" - um verdadeiro tratado de morfologia, simbologia e metafísica do Tarot de Marselha - a boa notícia é que o lote da primeira edição sairá gráfica no dia 08 de novembro próximo.

A convite da editora Chave, estarei lá no dia 09 para retirar alguns exemplares, quentinhos, para repassar a preço de custo (R$75,00) aos meus alunos do curso "Tarot no Sítio", a ocorrer dias 12 e 13 no lindo Sítio Olho D'Água, em Mogi das Cruzes.

Quando comecei meus estudos do Tarot do Marselha li muitos livros, a maioria com sérios limites. Tratavam o estudo das cartas como um exercício de "decoreba" de significados básicos. Li alguns bons títulos também, mas nada igual a O Caminho do Tarot, que se transformou num guia para mim. Ao contrário da idéia do "manual", o guia (como o próprio tarot) te aponta um caminho solicitando uma devolutiva, uma contribuição de quem o lê. No caso do livro de Jodorowsky e Costa, seguir por este caminho equivale a entender o baralho de um modo criativo, uma superfície sobre a qual você se projeta para daí expressar algo absolutamente novo, uma tela em que você pode inscrever sua libido e suas emoções no uso diário para o autoconhecimento e no auxílio a quem busca compreender-se, sanar-se e viver melhor. Uma das principais contribuições do livro é, portanto, o entendimento do estudo e da prática do tarot como exercício criativo, e o estabelecimento do que seria um "pensamento tarológico".

A abordagem jodorowskyana é também provocadora. Ela pega um caminho diferente dos "bruxinhos" e "bruxinhas". Jodorowsky e Costa nos ensinam que o futuro não existe, e que a diferença entre a previsão e a programação, ou mesmo a maldição, é muito tênue e perigosa, dando margem fácil ao charlatanismo - afinal, quem somos nós para termos a pretensão de prever o futuro? Como no zen-budismo, para os autores só o presente existe e é o que mais deve nos interessar: de que adianta ficar a espera de uma felicidade localizada num eterno devir? Temos que ser felizes agora, num exercício fundamental de presentificação e de superação das armadilhas construídas no inconsciente pelas forças da família, da sociedade e da cultura, que desde o nosso nascimento estabelecem sérios limites para o desenvolvimento pessoal do caráter, da sensibilidade, do espírito, do intelecto e da vontade.

Por estas características, não foi pouca até aqui a estranheza e a resistência a suas idéias dentro da cultura estabelecida em torno do tarot no Brasil, que apesar de contar com muita gente séria permanece permeada pela prática da futurologia, pelas ciganas fantasiadas que "trazem seu amor de volta", e por consulentes que buscam mais o alívio distraído que a cura, e que se satisfazem com pobrezinhas e pequenas mistificações - basta um passeio pelas chamadas "feiras místicas", uma olhadela nos classificados esotéricos dos jornais, ou mesmo uma passada nos portais de consultas de online para poder constatar isto muito facilmente. Mas a compreensão e a aceitação de suas perspectivas também tem sido crescente, e a publicação de O Caminho do Tarot em português certamente dará uma enorme contribuição na superação dos velhos paradigmas.

Mas tudo o que se pode dizer do livro não é suficiente para contemplar seu alcance, um verdadeiro tratado de morfologia e estrutura, numa contribuição decisiva. Em O Caminho do Tarot as cartas não são abordadas isoladamente, como na maioria dos "manuais", mas como se fizessem parte um organismo vivo, como um corpo cuja forma precisa ser descoberta. Assim, cada carta tem relação com o todo, permitindo a constituição de uma mandala formadas pelas 78 cartas do baralho, construída criteriosamente passo a passo a partir do arcano XXI, O Mundo, que conteria esquematicamente todo o tarot. Seu método de análise das imagens, baseado na divisão das cartas em um duplo quadrado, e este em pequenos quadrantes dentro de uma estrutura numerológica decimal, estabelece perspectivas agudas para o estudo e a compreensão das imagens, auxiliando especialmente no estudo dos arcanos menores, cujo simbolismo abstrato apresenta um desafio adicional aos olhos ocidentais, habituados aos esquemas figurativos de representação.

Há, todavia, como em tudo que pode se dizer do tarot, pontos questionáveis na metodologia exposta. Mas Jodorowsky e Costa são honestos e conscientes na escritura, assumindo os limites de uma visão que não deve ser considerada, em hipótese alguma, a mais verdadeira, ou a definitiva. De qualquer maneira a consistência do estudo e das abordagens salta aos olhos numa liguagem ao mesmo tempo densa, rica e clara, de fácil leitura. Jodorowsky é um exímio narrador, muito sério e preciso e, ao mesmo tempo, louco e farsante. Sua história de que teria encontrado o "tarot de marselha original" numa lojinha de antiguidades no México parecerá claramente, aos leitores atentos, uma lorota. Mas o que vale é a qualidade da história, plena de verdade narrativa. Farsa sagrada.

Um livro obrigatório a todos que se dedicam ao estudo do Tarot de Marselha e da alma humana.

Que seja muito bem-vindo, e aproveitado!

Celebremos!!!!

Segue aqui a capa, em primeiríssima mão no Diário Tarot:

"Este livro, já um clássico, vem sendo aclamado como um marco no entendimento do Tarot em nossos tempos. Com ele, Alejandro Jodorowsky, que começou seus estudos do Tarot nos anos 1950 e é reputado como um dos maiores especialistas no assunto, demonstrou que, para além de um simples sistema de adivinhação, o Tarot é mais que tudo um poderoso instrumento de autoconhecimento e representação da estrutura da alma. O Caminho do Tarot mostra que o conjunto de cartas é estruturado como um templo, uma mandala, uma “catedral nômade” cujas partes – as 78 cartas, ou arcanos – devem sempre ser vistas levando em conta a estrutura como um todo. Esse entendimento é essencial para apreender seu simbolismo hermético. Neste livro, a descrição de cada arcano maior inclui suas palavras chave, seus significados, as interpretações tradicionais e uma seção na qual as cartas falam por elas mesmas. Jodorowsky com Marianne Costa exploram as associações secretas dentro da hierarquia das cartas e suas correspondências com as energias internas dos seres humanos. Levam então a arte da leitura do Tarot a profundidades nunca vistas antes."

Autores: Alejandro Jodorowsky e Marianne Costa
Tradução: Alexandre Barbosa de Souza
Capa dura - Preto e branco
Páginas: 576
Preço: R$114,90
Peso: 1.2 kgFormato: 14x21
Gênero: Esoterismo
Palavras-chave: esoterismo, auto-ajuda, tarot, história, arte
ISBN: 978-85-63137-74-6 

TAROT NO SÍTIO - VIVÊNCIA DE FORMAÇÃO

Dias 12 e 13 de novembro estarei ministrando um curso de Tarot de Marselha, ancorado nas abordagens de Jodorowsky. Vai ser no Sítio Olho D’Água, um lugar muito especial em Mogi das Cruzes.

Será uma vivência de formação super intensiva, aliada a atividades integrativas em meio a natureza, alimentos orgânicos e práticas diversas.

Há maiores informações pelo email eueotaro@gmail.com e no link da página do Diário Tarot no Facebook:

https://www.facebook.com/events/1663371767325281/

Tomara veja vocês por lá!

André Mardouro

Tarot de Marselha (ed. Camoin-Jodorowsky)

POEMA-ARCANO: A APARÊNCIA DA JUSTIÇA

Seu equilíbrio é aparência

Vejam só que cabeça mais torta

Um ombro mais alto que o outro

Uma unha negra sem luvas

O olhar frontal é protocolo do poder

Finge lisura quando é só ranhura

A balança pende pro lado direito

Sai, Big Brother!
Não queira simular a ação divina quando estás sequestrada
Pelo poder vampirico da aristocracia

Quando deres as caras para falar das coisas de Deus
Da Misericórdia Divina ou da transubstanciação
Louvar-lhe-ei como sempre com o ouro de meu espírito

Por hora, se pudesse
Arrancava-lhe o vestido
E os simbolos

A hipnose ritual da mentira nada significa na dança celeste

Tarot de Marselha (ed. Camoin-Jodorowsky)

POEMA-ARCANO: CAMINHANTE CÓSMICO

Sabendo tudo e nada
O caminhante cósmico move-se sem medo pelo espaço-tempo

A torre vista adiante não é o futuro
Mas o presente da visão e do desejo
Aqui e agora

Tarot de Marselha (ed. Camoin-Jodorowsky)

Teste para podcast

https://www.spreaker.com/user/9077146/teste-para-podcast-ast

CORREIO CARTOMÂNTICO: A QUALIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS

Uma das coisas que fez com que eu me apaixonasse pelo tarot foi a qualidade que ele estabelece para as relações humanas, falando mais especificamente da situação da consulta.

Quando comecei a tirar as cartas encantava-me, como até hoje, que o jogo não só permite mas exige que a conversa aborde aquilo que é primordial e absolutamente fundamental para a vida de cada um naquele exato momento. Longe portanto da frivolidade e superficialidade que pautam as relações humanas nesta nossa pós-modernidade de competição, individualismo e correria.

O tarot ensinou-me - e em certa medida lembrou-me também, é certo - que há um nível especial de contato humano cuja qualidade dever ser cultivada sempre. Digo isto porque recebi algo muito especial do meu colega Emmanuel J. Santos, cartomante dos mais importantes do país: uma carta! Sim, pelos correios, selada e carimbada, assinada e com dedicatória, enviada pessoalmente de Três Corações, MG, como evento deste último fim de ano:

A carta cigana de Emmanuel: 6 de Copas/Estrela

Gostei tanto deste "correio cartomântico", e foi tão emocionante receber a carta, que resolvi replicar a idéia do Emmanuel, buscando reviver ao mesmo tempo que cultivar este gesto afetivo que, digitalizado, há tempos não experimentava. Ademais, tendo "a carta" o corpo de "uma carta", pode-se dizer que trata-se de uma correspondência do infinito, linhas do princípio do verbo tecidas em  imagem.

Então, para quem quiser receber de mim uma carta do Tarot de Marselha é só me enviar uma mensagem eletrônica por email ou mensagem com o endereço postal para envio. Sortearei um arcano para cada um, especialmente, e que logo chegará pelos correios.

E COM O TAROT ENTRE NÓS: A TODOS UM FELIZ 2016!!!

SOMOS TODOS DIVINOS E SAGRADOS: FELIZ NATAL!

Fundamentalmente, o que a narrativa do nascimento de Cristo nos ensina é que todo ser humano é divino e é sagrado.

Feliz Natal!!!

Pintura do século XIV representando o nascimento de Jesus (aqui, José aparece em uma representação

próxima do Mago, e Maria nos lembra a Papisa; a estrutura do lado esquerdo remete ao Santo Graal,

num desenho próximo ao Ás de Copas do Tarot de Marselha; se quisermos ainda podemos reconhecer

outras personagens e elementos presente no tarot:  o pequeno anjo assemelha-se com a Temperança, e a 

dama de saia verde nos lembra a Rainha de Copas, pela ânfora na mão esquerda; o Le Mat no alto da montanha)

POEMA-ARCANO: O CORPO DA TETRACTYS

Se a polaridade não se resolve

Sou eu a solução criativa

Uno dois pontos
E adiciono um vértice a planura da reta
A totalidade organiza-se dentro do meu corpo

Tarot de Marselha (ed. Comais-Jodorowsky)

POEMA-ARCANO: REFLEXÕES DE UM JOELHO DIREITO

Apoio-me sobre o solo de Gaia

Genuflexório

E ao máximo flexiono as idades que sustento

Idades da consciência receptiva

Imemorial, do réptil de dentes podres, sem ela

A mais alta santidade futura

Tenho corpo de velha e o coração atlético

Uma super mente e o sexo celestial

Pelanca, músculo, uma auréola real, gostosura

Apoio-me sobre o solo de Gaia

E ao máximo me flexiono

Em silêncio ativo sobre o pavimento

Tarot de Marselha (ed. Camoin-Jodorowsky)