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CONSULTAS

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terça-feira, 29 de maio de 2012

O CAVALEIRO IMPETUOSO




Cavaleiro de Espadas coincidindo com um acúmulo enorme de trabalho.

Requer grande ímpeto, virtude e determinação: não representa um problema quando se está preparado.

O vento contrário (vide a copa das árvores), as nuvens agitadas e a expressão um tanto engraçada do cavalo, meio apavorado, sugerem enorme energia da personagem.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

ALGO ESTÚPIDO




Ontem fiz algo estúpido com as cartas.

Estava ansioso por conta de um jogo de futebol, e lá fui tirar uma carta para tentar adivinhar o resultado da partida.

O recado deu-se através do Diabo e, apesar da precipitação, diante o arcano XV percebi imediatamente que tinha cometido uma besteira e um sério erro, que é este de relacionar-se com as cartas para lidar com assuntos mundanos menores.

Definitivamente, usar o Tarô para este tipo de exercício divinatório é absolutamente ridículo.

Toda atitude do Diabo aponta para baixo, para valores e práticas potencialmente menores: a estrela invertida, a tocha, o apego aos vícios ou ao prazer através das personagens aprisionadas (imagem que, longe dos moralismos, também pode eventualmente trazer conotações positivas, ligadas à felicidade terrena mais imediata e, porque não, momentânea), e sentimentos relacionados habitualmente com o ciúme, a inveja e a possessividade. No caso de ontem, o Diabo diminui-me num átimo por conta da própria perspectiva estreita que tive do jogo, fruto de precipitação e impulso.

Esta lição já aprendi.

Quanto ao resultado do futebol, bem, tudo deu certo - mas isto por aqui pouco importa.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

TEMPO DE REFLEXÃO



Esta foi minha carta de hoje.

Como em outras vezes, quando puxo uma carta pela manhã, procurei associar a sugestão da imagem com personagens concretos e aspectos factuais do dia (trata-se de um arcano menor). Este exercício de relação com as cartas por vezes faz-nos prestar atenção à nossa volta, em busca da sincronicidade: ela afinal representa minha esposa e companheira, que passa por um período de "ensimesmamento": "preciso ficar sozinha", disse-me ela durante a tarde.

O 2 de Espadas apresenta uma personagem que procura resguardar-se em suas reflexões e sensorialidade. Está conectada com a energia da Lua: seus sapatos são também amarelos. Sua auto-proteção não compreende uma postura agressiva, ao contrário tem algo de ritualístico e busca preservar sua própria psiquê: a personagem sabe que estamos a observá-la - sua postura é de proteção que se dá a ver através da encenação com as espadas - mas usa a venda para "dizer" que não nos vê; e ao mesmo tempo para não se deixar ser vista - ao menos aquilo que tem de mais íntimo e pessoal e que pode ser revelado ao outro através do olhar.

Sua conexão é estabelecida com suas próprias emoções, está voltada para si mesma, embora o próprio inconsciente não esteja pleno, em estado favorável ou perfeitamente limpo e organizado (a lua está em crescente e a maré baixa - digo crescente, e não minguante, por conta do número II, que anuncia a energia primordial do movimento binário e não um fim de ciclo).

O 2 de Espadas pode representar portanto, a exemplo de minha companheira, uma pessoa que procura se resguardar, buscando concentração para lidar com aspectos íntimos e emocionais.

De todo modo, é uma situação temporária, característica é peculiar dos ciclos vitais pelos quais passamos.

Neste aspecto passageiro, a carta pode inclusive referir-se a um único dia, daqueles em que precisamos mesmo ficar sozinhos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

FORÇA MATERIAL


Um tempo de prosperidade material e econômica se avizinha.

Pode indicar boas notícias no aspecto financeiro, há um cenário de conforto e relativa segurança; mas pode também indicar o oposto, uma ilusão, miragem financeira, falsa promessa ligada ao dinheiro (a mão surge magicamente no espaço, em meio a uma nuvem irreal).



quinta-feira, 3 de maio de 2012

2 REIS

Ao ler o Tarô é fundamental saber ler os componentes que determinam a composição de cada imagem.

Aqui, a diferença entre o Rei de Espadas e o Rei de Paus, para além dos paramentos e adereços, dá-se muito pelo ângulo que temos da personagem, e de convenções que insinuam fixidez, de um lado, e movimento, do outro.



O Rei de Espadas representa uma pessoa apegada às próprias convicções. Neste caso, a frontalidade da imagem é fundamental para reforçar este aspecto do Rei de Espadas, um tanto rígido (embora não de uma rigidez absoluta, por conta da posição de sua espada; não sabemos se por conta do peso da mesma ou de um indício de possível flexibilidade - a espada, associada ao ar e ao pensamento, pode também demonstrar aqui que apenas com um pequeno movimento esta personagem pode iniciar um tempestade, um conflito pautado pela força de idéias um tanto obtusas ou pouco maleáveis). Afinal, diria mesmo que o ângulo não apenas reforça as intenções simbólicas, mas é fundamental para a produção do sentido geral do arcano.



Já o Rei de Paus, visto de um ângulo de 3/4, entre o frontal e o lateral, sugere já por este ponto de vista toda uma mobilidade e uma dinâmica ausentes no Rei de Espadas. Essa idéia de mobilidade potencial constrói o caráter deste arcano (para além do ângulo escolhido para representá-lo, sua postura corporal também enseja um movimento, temos a impressão de que ele está prestes a se levantar do trono, ou que ao menos detém a prontidão para fazer isso instantaneamente se for preciso). Seu movimento e sua força são o da própria força da vida, da força de criação, representada pelos ramos que brotam do pau, pela energia criadora do Fogo e que encontra um símbolo também na Salamandra, que se apresenta aqui ao lado da personagem - um animal de poder.

Há que se atentar  ao ponto de vista do espectador, pois o ângulo proposto é também e sempre um significante.