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CONSULTAS

CONSULTAS presenciais em Águas de São Pedro e região, ou via Skype/Messenger/Whatsapp: eueotaro@gmail.com, ou ligue (11) 99375-6497.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O NÚMERO DA INICIAÇÃO

Seguindo com as anotações do livro Jung e o Tarô:

"O número 9 em algarismos arábicos é escrito como um círculo com um número 1 à guisa de cauda. Pressagia o número 10, em que a energia do círculo desce à Terra a fim de ficar ao lado do número 1, formando assim nova configuração, iniciando então um novo ciclo de dimensões dilatadas".

Uma representação desta elaboração simbólica e visual do 9, ligando o céu e a terra, encontra-se em uma escultura localizada no Jardim Botânico de São Paulo.


9 é o número de meses da gestação humana.

Matematicamente o nove tem propriedades interessantes, sempre voltando a si mesmo,  simbolizando a jornada iniciática rumo à autocompreensão:

1+2+3+4+5+6+7+8+9 = 45. Reduzindo, 4 +5 = 9

9 vezes cada número de 1 até 9 também produz um resultado que se reduz a 9 (como 9x7, que é igual a 63, que dá 6+3 = 9)





sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O PROBLEMA DA IDENTIFICAÇÃO

Fora os arquétipos - de qualidade sobre-humana e infra-humana (no caso do Diabo) - representados nos arcanos maiores, todas as outras personagens são passíveis de representar o consulente. Ou ainda, dizendo de outra forma, ao consulente só é possível identificar-se na narrativa tarológica pelas personagens de dimensão humana e não arquetípica.

Daí que algumas cartas apresentam duas, três ou mais personagens, quando não grupos, e a questão da projeção identificativa no jogo pode ser determinante não só para uma consulta de análise pessoal, mas também para o exercício da adivinhação.

Digo isto em função da carta que tirei para o dia de hoje, data em que teria que enfrentar novamente uma negociação difícil com a imobiliária do imóvel do qual sou inquilino - obrigado a pagar um seguro-fiança, eu e minha companheira tínhamos que travar uma luta com um administrador tão simpático e aberto ao diálogo quanto um rinoceronte.


O 5 de Espadas mostra ao fundo uma personagem que desiste de um duelo. Aparentemente está com medo, ou acha que não vale a pena a batalha, ou ainda não se sente preparado ou disposto, e há duas espadas no chão (que podem simbolizar as próprias razões particulares da luta).

Logo de manhã, recusei-me de pronto a identificar-me com esta personagem ao fundo (afinal, não havíamos desistido de tentar dobrar o administrador). Ao mesmo tempo, como previsão futura, a carta poderia figurar um "jogar a toalha" depois de mais uma investida para pôr fim a imposição do famigerado seguro, mas intuitivamente recusei-me também a aceitar esta previsão como correta. Pois ao contrário, meu papel nesta história ainda me parece estar melhor representado pela figura em primeiro plano, uma espécie de escudeiro que, em posição privilegiada, parece assessorar o combate, alimentando-o funcionalmente com as espadas (ou razões) que detém e distribui. Confiando nesta intuição, decidi escolher a segunda das duas interpretações possíveis, ato que imediatamente figurou-me como mais uma importante lição de cartomancia - é assim que se deve fazer nestes casos, confiar na intuição, levando em conta o mecanismo de identificação daquele que é agente do jogo, personagem da narrativa presente na imagem - o consulente, que pode ser outro ou você mesmo, no caso de tirar uma carta do dia para si, como é o meu caso. E mais - não é demérito do cartomante pedir para que, eventualmente, buscando a previsão de uma questão específica, um consulente lhe aponte em uma lâmina a personagem com a qual ele se identifica - este procedimento é portanto uma técnica, da qual podemos nos valer

Assim, bastante consciente do momento e da correlação de forças, quem me parece estar ali ao fundo é mesmo o administrador, que afinal reconhece o poder daquilo que se lhe apresenta e aceita a derrota, furtando-se de lutar. A figura ao meio observa o desertor, e parece preparado para o enfrentamento se este mudar de idéia, mas não parece ser o caso. Afinal, minha companheira fora a imobiliária, e o tratamento fora diverso, bem diferente do das outras vezes, e finalmente pareceram dispostos a ceder  - convenhamos, seguro-fiança é um dinheiro e tanto jogado fora e, a rigor, depois de um ano, está mais que provado não há razão para exageros nas salvaguardas.

As perspectivas são favoráveis. Quarta-feira nos darão a resposta. Depois volto aqui para postar o resultado e conferir se ando contemplando-me bem como adivinho.