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terça-feira, 30 de outubro de 2012

O MISTÉRIO DIVINO E A FRAQUEZA PÚBLICA


O clássico livro de Sallie Nichols, "Jung e o Tarô", que traz uma enormidade de informações simbólicas acerca das Lâminas, relata um antigo mito em torno da célebre "Papisa Joana". O livro faz também reflexões muito interessantes, que anoto aqui.

Historicamente, nunca houve uma Papisa que representasse o papel de "Suma Pontíficie" no lugar do tradicional Papa, personagem masculino. Trata-se de um conto popular de origem medieval, que carrega muita sabedoria a respeito do poder supremo da mulher e agrega um sentido especial à imagem da "mãe espiritual", presente neste Trunfo.

Segundo a tal história, uma mulher travestiu-se muito cedo de padre, e aos poucos foi galgando a hierarquia da Igreja Católica até chegar ao posto máximo. Assim, ia certa vez um cortejo religioso com o presumido Papa João carregado sobre um andor, até que durante o trajeto a verdade se apresenta - grávida, entre sangue, dores e gritos e sob os olhos estupefatos da multidão, "João" revela-se Joana, dando à luz uma criança em plena procissão.

O engraçado do relato é que, em meio a toda pompa e circunstância em torno da figura masculina num ritual para celebrar o Espírito Santo, irrompa a figura da mulher, capaz ela própria de atribuir matéria ao Espírito ao gestar e parir.

Essa imagem do parto, em meio à procissão, revela uma profunda ambiguidade da mulher na sociedade patriarcal: o dom de gerar a vida é seu mistério divino, mas também sua fraqueza pública.


Clique aqui para ler uma sinopse do livro de
Sallie Nichols:
http://books.google.com.br/books/about/Jung_E_O_Tar%C3%94.html?id=YW8DA_7l_SwC&redir_esc=y

sábado, 20 de outubro de 2012

O MEDO DA TRAVESSIA



O 6 de Espadas, na cartomancia, pode simbolizar um processo de separação.

Nestes processos entre os casais é habitual que um esteja mais fragilizado que o outro, repleto de preocupações relativas à incerteza do que se pode encontrar na outra margem.

Neste caso cabe ao barqueiro, ou àquele que tem equilíbrio, lucidez, força e destreza para conduzir a situação, avançar com cuidado, zelando pela segurança e pelo bem-estar psicológico dos seus. Ou ainda, terminar bem a viagem.

Na carta vê-se algumas porções de terra e pequenas árvores ao fundo, o que sugere que a travessia não será muito longa. As águas também estão tranquilas. A porção que se agita é aquela que está sob a ação do barqueiro, que avança.

Pois bem, a imagem de apreensão e aterramento dos passageiros deve-se então à ação do barqueiro, ao medo da própria travessia ou aos aspectos desconhecidos da outra margem? Aqui não há tempestades, o cataclismo é interno e recai sobre aquele que, fragilizado, depende da ação cuidadosa do outro para chegar ao outro lado sem afogar-se.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

SÍNDROME DE VIRA-LATA

Tenho uma problema sério de insegurança.

Muitas vezes sinto-me apequenado e despreparado, questões de espírito.

Certa ocasião um amigo, rindo dessa minha parvoíce, disse-me que sofro de uma espécie de "síndrome de vira-lata", que acha que vai ser chutado em cada lugar que se apresentar. É cômico e triste, mas é verdade, pois é próximo desta imagem que muitas vezes me deixo estar. A mente, "mente"; trai-nos muitas vezes. O lado positivo é que a consciência disto tem feito ao menos com que eu tente acabar com esse problema.

Há duas semanas, mais ou menos, estava eu prestes a fazer alguns contatos profissionais, no intuito de alavancar um determinado projeto. Tirei uma carta-conselho de manhã, antes de sair, e saiu-me o 3 de Espadas.


Esta lâmina para mim já se apresentou por 2 vezes como presságio de ótimas notícias, mas apresenta uma imagem de angústia. E é este exato sentimento que se abate sobre mim quando não estou muito bem e me sinto inseguro. Obviamente, o conselho era para tentar não ficar angustiado diante das situações que iria vivenciar.

Quando vou tirar a carta para o dia e acabo vendo acidentalmente alguma outra, por cair da minha mão ou algo do gênero, presto atenção no acaso e considero o arcano que assim se presenta. E desta vez, esquecido dentro da caixinha do baralho, foi o 5 de Espadas quem se apresentou, completando assim o conselho do dia:


"Para além de não se deixar angustiar, não se sinta despreparado, utilize as capacidades  que possui e deixe a insegurança de lado" - foi o que me disse o Tarô.

E assim se fez. Trabalhei-me interiormente, correu tudo bem e o dia foi ótimo!

sábado, 6 de outubro de 2012

CLAREZA DE INTENÇÕES

A riqueza das diversas relações possíveis que se pode manter com as cartas do Tarô é realmente incrível.

No último mês, durante 2 sábados seguidos, tirei como carta do dia dois Ases.

Primeiro foi o Ás de Ouros, que animou-me tremendamente, pois contava com uma boa notícia no campo financeiro.


Entretanto, não recebi qualquer novidade durante toda a semana, coisa que foi me deixando um pouco chateado: pôxa, será que pela primeira vez irei me decepcionar na minha relação com o jogo? Estarei indo num caminho errado de interpretação? Bem, então, estarei estudando errado!

No sábado seguinte, saiu-me o Ás de Paus, que para mim possui uma vibração ainda mais elevada: diz respeito ao espírito, energia criativa (e também sexual), e um sentido de realização que não resume-se apenas à perspectiva pessoal, mas a uma transcendência consciente de sua integração no todo.


Recordando-me do Ás de Ouros do sábado anterior, conclui: bem, afinal aquilo que se anunciou semana passada está afinal mais próximo; o Ás de Paus veio confirmar a boa nova, que está mais próxima e relacionando ganhos financeiros com um trabalho criativo, e pleno na relação com os demais (como lido com artes, não pude deixar de animar-me novamente).

Porém, uma vez mais não houve novidades, e assim até o momento de escrita deste post.

De todo modo, também reverti minha decepção, concluindo que o problema residiu numa falta de clareza de intenções de minha parte, ao se tirar a carta do dia. Pois se as lâminas, sozinhas ou em combinação, proporcionam uma abordagem divinatória, é verdade que também contemplam o auto-conhecimento e o aconselhamento. Então,  ao tirar uma carta do dia, não decidindo eu o aspecto que desejo explorar, como posso querer saber o que as cartas estão dizendo?

Isto é muito importante como lição para lançamentos diversos. É uma técnica, e com tal também exige cuidado e precisão: há que se saber claramente a função da carta, conforme o método. Enfim, pondo o erro em minha própria conta, evoluo na relação com o jogo. Agora, procuro saber o que quero antes de tirar o arcano do dia.

Quanto aos Ases, bem, ao invés de estar diante de um prenúncio, estava mesmo é diante de um conselho, e os aspectos material e criativo de minha vida estão mesmo precisando de cuidados mais urgentes e atenciosos.