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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A MORTE NO PROCESSO INICIÁTICO

Ainda na leitura de "Jung e o Tarô", de Sallie Nichols, vejo que sua abordagem a partir da psicanálise junguiana e os estudos dos arquétipos humanos revela também um entendimento claro e profundo do processo de iniciação religiosa e espiritual.

Entendo por iniciação a lenta penetração sensorial em uma espécie de segredo cosmológico, que não se desvenda em absoluto, mas cujo mistério divino e assombro místico pode se experimentar de diversas maneiras. Parece-me assim a experência do transe, que a fundo passa necessariamente, salvo exceção que não consigo hoje imaginar, por uma experiência de morte.


Ao longo do livro há inúmeras passagens reveladoras desta consciência xamânica da autora, que constrói sua análise influenciada por Jung (que já entendo como estudo obrigatório), mas no capítulo dedicado ao Arcano XIII há 3 trechos que são verdadeiros tesouros neste sentido. 

Vamos a eles

1) "Quem quer que pranteie a amputação de uma reação inconsciente que fez parte dele desde a infância, ou quem quer deplore a perda de alguma rígida projeção que por muito tempo serviu de apoio a um ego vacilante, pode considerar-se abençoado. Será, finalmente, confortado com introvisões mais válidas e com um apoio mais duradouro". 

2) "Não desejar viver é sinônimo de não querer morrer. Vir a ser e deixar de existir são a mesma curva. Quem quer que não acompanhe essa curva permanece suspenso no ar e fica paralisado. A partir da meia-idade, só permanece vivo quem está disposto a morrer com a vida". 

3) "A recusa a cooperar no desmembramento de nosso eu desgastado cria uma paralisação completa no fluxo da vida, que redunda em morte espiritual. Se a demanda do autoconhecimento for desejada pelo destino e recusada, essa atitude negativa pode acabar em  morte verdadeira. A demanda não teria chegado a pessoa se esta ainda fosse capaz de guiar-se por algum atalho promissor".





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