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terça-feira, 11 de março de 2014

O ÁS DE OUROS COMO NÓ

Trago do blog "Plano Sin Fin" um excerto publicado do livro "Metagenealogía", de Alejandro Jodorowsky e Marianne Costa (ed. Siruela):

Um núcleo é um impulso infantil ainda por se desenvolver até a psiquê adulta. Potencialidade rica em energia vital, energia da libido e energia afetiva e intelectual, mas também muito frágil, que se expressa de uma maneira ao mesmo tempo cândida e irreprimível, sem nenhum tipo de autocensura e com uma força imperiosa.

Se em vez de permitir o desenvolvimento deste núcleo os adultos o paralisam estabelecendo nós relacionais, o núcleo persistirá na infância, convertendo-se em uma restrição das 4 energias, em uma fixação no passado e em uma vitalidade estancada ou calcificada que impedirá a pessoa de viver plenamente seu destino como adulto. A maior parte destes núcleos persistentes procede diretamente de um nó transmitido por um parente próximo, afligido ele mesmo por outro núcleo persistente e irresoluto.

O nó é a persistência patológica do núcleo na idade adulta, que cria uma fixação em relação ao passado. Forma-se quando os pais ou outros membros da família são incapazes de acompanhar o crescimento da criança de uma maneira equilibrada, e obedece a dois mecanismos principais: a carência e o excesso.

Para mim este quadro pode ser muito bem expresso pelo Ás de Ouros em certos contextos de leitura, como já pude observar. Ele é o primeiro da série iniciática dos Arcanos Menores, contém em si toda a potencialidade do humano e que, se não for desenvolvida e liberta dos recalques pessoais, pode transformar-se na mais obscura e obtusa prisão.

O Às de Ouros como a Flor de Lótus: visto de cima, deitado, no plano do chão (Tarot de Marselha/Camoin-Jodorowsky)

Acompanho o blogue "Plano Sin Fin" há alguns meses, desde quando se chamava "Plano Creativo" e foi tirado do ar por problemas autorais envolvendo o uso de imagens sem prévia autorização. Tiveram um arquivo imenso, trabalho de anos de conteúdo, apagado de modo unilateral pelo Google. O espaço mudou de nome e vem sendo diariamente alimentado como compêndio das abordagens de Jodorowsky para o tarot, o cinema e a vida de um modo geral. Vale inscrever-se e acompanhar. Recomendo.

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